quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Praxes...Toda a gente fala delas..Bora lá!



Praxes.. Ok. 

Sou contra? Não! É um meio de integração no meio académico? Sim! Nas devidas proporções e limites!!!!!! É esta última parte que muita gente não entende, ou quer entender. 
Eu fui estudante universitária...por acaso, não fui praxada... Porque entrei na 2ª época.. Porque conhecia algumas pessoas que já lá estavam... Não se proporcionou.. Quando trajei não praxei ninguém, apenas participei nos cortejos típicos do Alto da Ajuda até Belém, onde cantámos e brincámos com os caloiros, sem ferir susceptibilidades de ninguém ou intervindo na liberdade alheia... Na minha faculdade (ISCSP) nunca vi algo de abusivo ou humilhante no que concerne às praxes, que consiste num facto de que me orgulho particularmente.
Ora bem... O certo é que a praxe não é 100% voluntária por parte de quem é praxado, o caloiro ou se sujeita, ou se sujeita.. Porque, caso contrário poderá sofrer represálias.. E não me venham dizer que isto é mentira! Há sempre o desprezo, o dificultarem o acesso a determinadas informações e regalias, o mau trato, as ofensas... Continuo??...
Existe, de facto, este comportamento estúpido por parte de grande parte das pessoas que aplicam as praxes, porque por vezes descarregam nos outros (em terceiros que nada tiveram a ver com o que os mesmos passaram em anos anteriores) a frustração que sentem e sentiram ao serem praxados. Discordo a 100% de todo o ritual académico que implique submissão imposta, violência verbal ou física, agressões, e incutir nos outros a obrigação de fazer algo que não querem ou se sentem à vontade para o fazer.. Tudo isto para mim é de lamentar e punir. A tradição académica há-de continuar sem este tipo de rituais de homens das cavernas e animalescos. Vi e continuo a ver nos dias que correm, praxes engraçadissimas e originais, que incutem não só o sentimento de pertença à família académica em questão como cultiva amizades e companheirismos.
Adorei o espírito académico e participei em diversas iniciativas em prol da divulgação e representação da instituição onde estudei... Era o que se pode chamar duma estudante activa na vida académica. Os melhores anos da minha vida foram os que estive na Universidade... e com isto creio que já digo tudo.
Por isto tudo penso que devia reformular-se o conceito de praxe, estabelecer limites legais para tal e aplicá-los a quem se excede.
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